CHSA faz homenagem aos olímpicos da casa

Na pauta das comemorações do seu 81º aniversário, o Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, reservou um momento especial e de muita emoção na manhã de sábado, 3/9, para homenagear seus representantes nas Olimpíadas e Paralimpíadas na Rio 2016. Com presença de toda a diretoria santamarense e de familiares dos homenageados, William Almeida, presidente do CHSA, abriu o evento lembrando que “A casa da família santamarense também é a casa de cavaleiros, amazonas e profissionais com atuação olímpica e nos principais eventos hípicos do mundo”. Primeiro a ser chamado ao “pódio”, Márcio Appel começou e construiu a sólida base de sua carreira no CHSA. “Márcio nos encheu de orgulho com sua brilhante estreia e o 7º lugar por equipes no Concurso Completo de Equitação”, lembrou Almeida. O atleta se emocionou em especial à menção de sua mãe Inez, expoente de Santo Amaro e sua maior incentivadora. João Victor Marcari Oliva foi o segundo santamarense a entrar em pista nos Jogos do Rio. Também estreando em Olimpíadas, o jovem cavaleiro conquistou o melhor resultado do Time Brasil de Adestramento na Rio 2016 e na história do país nos Jogos. “João começou a montar em nossa casa onde estreou no Adestramento em 2008. Desde então, apenas oito anos se passaram e você já é campeão sul-americano, medalhista pan-americano e agora cavaleiro olímpico”, disse Almeida na apresentação do atleta que foi à homenagem acompanhado da mãe, Hortência Marcari, medalhista olímpica e ícone do basquete. “Temos certeza que sua carreira está apenas começando e muitas medalhas ainda estão por vir”, completou o anfitrião. Na última modalidade hípica na primeira Olimpíada da América do Sul, Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, sócio honorário do CHSA, medalhista olímpico e pan-americano, foi 5º colocado por equipes e 9º individual, melhor resultado do Time Brasil de Salto. “Doda, exímio aluno do nosso querido cavaleiro olímpico e treinador Cel. Renyldo Ferreira construiu toda a base de sua carreira, fez história e garantiu suas primeiras grandes conquistas nas pistas santamarenses”, lembrou o presidente do CHSA. Doda, que mora na Europa, foi representado por sua mãe, Beth Miranda. Outro atleta homenageado foi Rodolpho Riskalla, representado na ocasião pela irmã e amazona Victoria. Rodolpho, da modalidade paraequestre, estreia nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Cavaleiro de longa data e sócio militante do CHSA, Rodolpho tem tudo para fazer uma estreia com chances de medalha olímpica. “Mas para nós e todos os que o conhecem, Rodolpho já é medalha de ouro! A sua coragem, exemplo de superação e força é um exemplo de vida e nos enche de orgulho”, destacou Almeida. Além dos atletas, o CHSA esteve representado na Rio 2016 através de dois médicos veterinários: Drs. Marcello Servos e Thomas Wolff. Servos foi o veterinário chefe do Time Brasil de Adestramento. “Sabemos da importância desse trabalho e de sua imensa dedicação no acompanhamento dos cavalos em longos vôos e estradas, antes, durante e depois das competições. Estamos orgulhosos de sua atuação”, destacou Almeida. O posto mais alto da equipe de veterinária nos Jogos do Rio 2016 foi ocupado por outro santamarense. Dr. Thomas Wolff, veterinário chefe do CHSA há 36 anos, foi o primeiro brasileiro a presidir a Comissão Veterinária da Federação Equestre Internacional na história dos Jogos Olímpicos. Representado pela esposa, Dóris, Thomas foi lembrado pela competência inquestionável, dedicação e profissionalismo: “Nos sentimos muito orgulhosos de sua atuação na Rio 2016, Jogos em que o bem estar do cavalo prevaleceu em todas as modalidades e que teve 100% dos resultados de doping negativos”, finalizou o anfitrião e presidente da casa. Fonte: Assessoria CHSA – Rute Araujo; Fotos: João Markun
Nick Skelton é ouro na Rio 2016; Doda e Pedro terminam em 9º e 16º lugar

Ele fraturou o pescoço em uma queda há 16 anos, tem 58 anos, uma prótese no quadril e competiu em sua sétima Olimpíada com um cavalo que passou dois anos se recuperando de uma lesão. Mesmo assim, Nick Skelton fez história nos Jogos Rio 2016 nesta sexta-feira, 19/8, ao se tornar o primeiro cavaleiro britânico a conquistar um ouro individual no Salto nos Jogos Olímpicos. E mais uma vez o hipismo mostra que é um dos esportes mais democráticos, sem limite de idade e o único em que homens e mulheres competem juntos. Dos 35 conjuntos que se classificaram para esta final, 13 prosseguiram sem faltas para a segunda rodada com os 27 melhores. Seis concorrentes ainda conseguiram zerar novamente o exigente percurso final armado pelo brasileiro Guilherme Jorge e um desempate foi necessário para decidir os medalhistas. Primeiro a entrar em pista Nick Skelton e Big Star andaram rápido e não cometeram faltas. “Andei o mais que pude sem correr muitos riscos ele já é um cavalo rápido. Quis colocar pressão nos outros concorrentes e dei sorte”, explicou o britânico que terminou com a marca de 42s82. O sueco Peder Fredricson e All In foram os penúltimos em pista e conseguiram o segundo percurso limpo do desempate, ficando com a prata no tempo de 43s35. “Sabia que tinha um ótimo cavalo quando vim para os Jogos. Talvez não estivesse esperando por uma medalha, mas com certeza gostaria de voltar com uma!”, declarou o sueco de 44 anos. “Tentei ser mais rápido que Skelton, mas não consegui.” Eric Lamaze tinha a vantagem de entrar por último, mas um leve toque de Fine Lady quando fizeram uma curva apertada ocasionou um derrube que deixou o conjunto canadense com o bronze no melhor tempo da prova, 42s09. “Tudo tem que dar certo e vários ótimos conjuntos tiveram problemas esta semana, você precisa dar sorte e seu cavalo precisa estar bem”, comentou Lamaze. “A Olimpíada é o maior desafio da carreira de um cavaleiro e todos tentam dar o seu melhor. Todos que estavam no desempate mereciam a medalha.” O desempenho dos brasileiros O Brasil teve três representantes na final individual. Na primeira volta Eduardo Menezes e Quintol cometeram duas faltas e não se classificaram para a segunda passagem. Doda Miranda montando Cornetto K e Pedro Veniss com Quabri d´Isle fecharam ambos com uma falta na primeira passagem e ficaram entre os Top 27 na corrida pelo pódio. Doda fez um percurso limpo, fechando a competição com quatro pontos perdidos na 9ª colocação empatado com outros seis conjuntos. Pedro com Quabri teve um ponto por excesso de tempo somando cinco pontos na 16ª posição, ao lado de dois conjuntos. Pedro e Quabri de L’Isle chegaram ao segundo round da disputa, mas tiveram um ponto por excesso terminando com 5 pontos perdidos. Pedro se diz satisfeito com o desempenho do Brasil na competição. “A participação do Brasil foi boa, ficamos entre os cinco melhores na competição mais importante do mundo. Estamos tristes de não conseguir a medalha por equipe, mas não podemos falar que o resultado foi ruim. Brigamos com as maiores nações do esporte, no final foram detalhes. Mas isso mostra que estamos no caminho”, comentou Pedro. Mais experiente do time e dono de duas medalhas olímpicas por equipe, Doda foi o último a entrar na pista, com Cornetto K. Mesmo com o percurso zerado na segunda volta, não houve chance de chegar ao desempate, em que seis conjuntos com duplo zero disputaram as medalhas. “Achei que tivemos mais percursos zerados do que pensávamos. Os cavalos estão saltando muito bem, os obstáculos estão chamando a atenção dos cavalos, eles conseguem ler bem a pista, o tempo também pode ter ficado suave. É difícil armar uma Olimpíada, o Guilherme Jorge fez um excelente trabalho. A falta que cometi foi muito leve, difícil conseguir explicar. Mas vamos em frente, agora é pensar na próxima Olimpíada e não parar enquanto a medalha não vier”, finalizou Doda. Resultado Com as fontes: MKT Mix Comunicação, CBH e FEI; fotos: COB e Rio2016.com
Time Brasil de Salto fecha em 5º lugar e 3 brasileiros seguem no individual na Rio 2016

A equipe brasileira de Salto virou para a final de Salto por equipes nessa quarta-feira, 17, na Rio 2016, sem contar com seu quarto conjunto, Stephan Barcha e Landpeter do Feroleto, desqualificados por um pequeno corte causado pela espora, portanto sem direito ao descarte do pior resultado. Doda Miranda com Cornetto K, Pedro Veniss montando Quabri D´Isle e Eduardo Menezes com Quintol ao final somaram 13 pontos perdidos, uma falta de cada um, mais um ponto por excesso de tempo de Pedro colocando o Brasil no 5º posto geral. A França foi a grande campeã, com apenas três pontos perdidos nas duas provas, seguida pelos Estados Unidos, com cinco pontos perdidos no total. A Alemanha venceu o Canadá no desempate e ficou com o bronze, somando oito pontos perdidos. Fora do pódio da competição por equipe, os três conjuntos brasileiros disputam nesta sexta-feira, dia 19, ao lado de outros 32 conjuntos, a corrida pela medalha individual, lembrando que a contagem será zerada. A atuação brasileira Novamente abrindo a pista para o Brasil, Eduardo cometeu apenas uma falta na pista totalizando 8 pontos, o que lhe garantiu o 18º posto entre os Top 35. O cavaleiro que monta Quintol destacou a união da equipe, e o encontro dos cavaleiros antes da prova. “Fiz uma falta na prova de hoje, ainda não entendi como. Hoje foi o dia em que senti o cavalo na melhor forma, de todos os dias no Rio. Muito bem, com muita vontade de saltar. Infelizmente ele tocou no obstáculo mais leve da pista, e acabou derrubando. A nossa equipe sempre se reúne antes das provas, somos um time unido, hoje antes da prova, depois de caminhar pelo percurso, nos reunimos para pedir proteção, inspiração, um ritual de harmonia”, comentou Eduardo. Também com uma falta na saída do triplo nº 11, Doda Miranda avalia como positiva a participação da equipe nos Jogos do Rio, especialmente pela forma física dos cavalos. O cavaleiro, a exemplo de Eduardo e Pedro, se prepara para a disputa de medalhas individuais, com o seu Cornetto K. “A equipe teve um resultado muito bom aqui. É claro que para ser excelente, precisávamos da medalha. Mas fica a sensação de que fizemos o nosso máximo, antes e durante a competição”, destacou Doda. “Tivemos a infelicidade de entrar hoje só com três conjuntos, isso dificulta as coisas. Os nossos cavalos saltaram bem e ainda temos chances na prova de sexta pela medalha individual. A pressão da equipe completa ou não é igual, você sempre entra na pista querendo zerar a prova, para facilitar o trabalho de quem vem depois. Mas a falta custa caro e cada um fazendo uma, pagamos o preço”, lamentou o cavaleiro, medalha de bronze olímpico por equipes em 1996 e 2000. Pedro entrou na pista com o seu Quabri de L’Isle precisando zerar o percurso para levar a disputa pelo bronze para o desempate com a Alemanha e o Canadá. O cavaleiro acabou cometendo uma falta na saída do duplo de nº 6 e ultrapassou o tempo da prova, somando cinco pontos a mais para a equipe brasileira. “Não foi um bom dia, nós realmente acreditávamos que podíamos ganhar uma medalha aqui hoje, chegamos perto mas não conseguimos. Agora precisamos levantar a cabeça e voltar bem para a disputa individual. Essa torcida merece uma medalha. Desde ontem, quando eu também entrei por último, já precisava chegar com o zero, e não deu no duplo. Estivemos aqui brigando pela medalha até o final, estamos tristes, mas estivemos bem, a briga foi entre os melhores. Agora vamos os três, eu, Doda e Eduardo, para a final individual e vamos lutar por essa medalha”, destaca Pedro. Na manhã da sexta-feira, 19, os 35 melhores (máximo de 3 conjuntos por país) saltam a primeira passagem da final individual, em igualdade de condições com a pontuação anterior zerada. Os 20 melhores desta passagem voltam para a grande final à tarde. O resultado combinado das duas passagens definirá a colocação final no pódio individual com direito a desempate, se necessário. A primeira passagem começa as 10h e a segunda está marcada para as 13h30. Com as fontes: CBH e MKT Mix Comunicação e fotos: COB – Washington Alves e FEI – Richard Juilliard
Charlotte Dujardin e Valegro conquistam o bi no Adestramento Rio 2016

A britânica Charlotte Dujardin, 31, com Valegro, um fabuloso sela holandês de 14 anos, quebraram mais um recorde nesta 2ª feira, 15/8, no Grand Prix Freestyle, que definiu o pódio individual do Adestramento nos 31º Jogos Olímpicos, no Complexo Olímpico de Deodoro, na RIO 2016. Donos do recorde mundial de 94.30%, a dupla registrou 93.857% de aproveitamento, novo recorde olímpico. Além do recorde, Charlotte e Valegro conquistaram o bicampeonato consecutivo e seu terceiro ouro olímpico, já que foram campeões individuais e por equipes em Londres 2012. Dois membros da equipe alemã que obteve o ouro na sexta-feira subiram novamente ao pódio. A multimedalhista Isabell Werth, 47, colocou no peito sua 10ª medalha olímpica, desta vez de prata, com um score de 89.071%, montando Weihegold. E Kristina Broring-Sprehe, 29, foi bonze apresentando Desperados com a marca de 87.142%. Dia de emoções e recordes Em uma tarde de muitas emoções no Rio, foi difícil para Charlotte conter as dela. “Ele não podia ter feito melhor”, disse ela sobre Valegro – cujo apelido carinhoso é Blueberry – “Estou pensando que esta pode ser a última vez”, completa antes de desabar em lágrimas. “Eu sabia que era possível, já que temos o recorde de 94%, mas fazer isso aqui na Olimpíada é muito especial. Eu estava nervosa por causa dessa expectativa, mas quando começamos a trotar em volta da pista, senti o cavalo tão bem que isso me fez sorrir e eu soube que ia dar tudo certo. Eu senti que ele sabia o que eu estava pensando e fez o seu melhor. Ele tem um coração de ouro e a nada pode quebrar a nossa parceria, a conexão que nós temos.” Ambos elevaram o esporte a um outro nível desde 2011. “Quando penso em tudo o que alcançamos nestes quatro ou cinco anos, parece quase impossível”, confessou a amazona britânica que admitiu estar cogitando a aposentadoria de Valegro. “Nós vamos discutir isso quando voltarmos para casa, mas definitivamente ele não vai competir em mais uma Olimpíada ou campeonato grande. Devo isso a ele, sair no auge.” Dujardin pode ter levado o ouro, mas Isabell Werth entrou para o livro dos recordes ao conquistar a 9ª e 10ª medalhas de sua carreira – ouro por equipes e prata individual – e se tornar a atleta mais premiada da história dos esportes equestres nas Olimpíadas, ultrapassando a holandesa Anky van Grunsven, com nove medalhas. “Eu sabia que Charlotte tinha marcado 93 ou 94% e nós tínhamos ficado com o ouro por equipes, então a prata está ótimo pra mim. Realmente foi muito bom competir aqui com os melhores, pois é isso que nos faz crescer, e Charlotte e Valegro realmente mereceram o ouro”, declarou Werth. Resultados completos Fonte e fotos FEI
Marcio Appel fecha sua experiência nas Olimpíadas do Rio com saldo positivo

O cavaleiro nascido no Clube Hípico de Santo Amaro, Marcio Appel, fechou nessa terça-feira, 9/8, a participação na primeira olimpíada de sua carreira, com a realização da prova de Salto no Complexo Esportivo de Deodoro. Sem dúvida Marcio cumpriu seu papel dentro da equipe brasileira completando a prova de Concurso Completo de Equitação, considerado o triatlo equestre, uma das provas equestres mais difíceis, que exige muita resistência de animais e ginetes. Após a fase de adestramento e de um duro percurso de cross-country, considerado um dos mais difíceis dos últimos tempos, com saldo de 19 conjuntos eliminados ou desistentes, Marcio Appel e Iberon JMen terminaram o percurso de salto com 16 pontos por faltas. Fora da zona de classificação, o cavaleiro encerrou sua participação nos Jogos do Rio na 39ª posição, com 137.60 pontos perdidos. “Eu estava esperando um pouco mais do meu resultado, meu forte no CCE é essa prova de salto. Eu vim dessa modalidade, o meu cavalo também, mas realmente é muito diferente você saltar depois do cross. Os cavalos chegaram exaustos. Acho que eu podia ter evitado uma ou duas faltas, mas no geral acho que a minha primeira participação em Olimpiada foi muito boa”, comentou Marcio Appel. Todos os conjuntos brasileiros chegaram à prova final de Salto, feito conseguido apenas pelas equipes da França, Grã-Bretanha e Rússia. Com 280.90 pp a equipe integrada por Marcio e Iberon, ao lado de Marcio Carvalho Jorge / Lissy Mac Wayer, Ruy Fonseca / Tom Bombadill Too e Carlos Parro / Summon Up The Blood finalizou sua participação entre as dez melhores do mundo, na 7ª colocação, à frente de equipes fortes como Canadá e Estados Unidos. Essa foi a segunda melhor marca da história, uma vez que o Brasil foi 6º em Sydney 2000. Na classificação individual, o Brasil ficou com dois cavaleiros entre dos 25 melhores, Carlos Parro, o Cacá, com Summon up the Blood e Marcio Jorge montando Lissy Mac Wayer, que disputaram a final individual, garantindo o 18º e o 25º posto respectivamente. Ruy Fonseca com Tom Bombadill Too foram eliminados por queda na prova de salto.
Thomas Wolff chefia clínica veterinária de 1ª linha nos Jogos Rio 2016

Enquanto os atletas das disciplinas equestres estão focados nos prêmios, seus colegas equinos no Centro Olímpico Equestre contam com acesso a um aparato veterinário como nenhum outro. Uma clínica equestre de mil metros quadrados dentro dos estábulos do Complexo Esportivo de Deodoro tem especialistas prontos 24 horas por dia, que vão atender também os cavalos das Paralimpíadas no próximo mês. Com uma forte equipe de 130 veterinários do Brasil e do mundo todo, a clínica conta com especialistas das mais diversas especialidades como: cirurgiões, anestesistas, especialistas em imagem e radiografia, ultrassonografia, patologistas e endoscopia. A clínica ainda oferece centro cirúrgico de emergência, cocheiras acolchoadas para recuperação, nove ambulâncias totalmente equipadas e uma rede de fisioterapeutas para manter os animais sempre em forma enquanto sua temperatura, alimentação, água, e peso são constantemente monitorados pelos tratadores e veterinários especializados. Apesar de estarmos no inverno no Brasil, as temperaturas têm flutuado muito, então manter os cavalos com uma temperatura corporal baixa, principalmente após o exercício é fundamental. Todos os dias, 46 mil litros de água e 400 quilos de gelo são usados para esfriar e banhar os cavalos após os treinos e provas. Além disso, os atletas equinos e humanos podem contar com tendas equipadas com ventiladores e aspersores de vapor de água ao final do cross-country e próximo às áreas de aquecimento do Salto e do Adestramento. “A saúde e o bem estar dos nossos cavalos são a nossa prioridade durantes os Jogos”, diz o Dr. Thomas Wolff, brasileiro presidente da Comissão Veterinária dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. “Muitos veterinários vieram junto com os cavalos e ótimo ver como eles estão impressionados com nossas instalações.” Wolff, que terá a seu lado a também brasileira Juliana de Freitas como Gerente dos Serviços Veterinários, é o veterinário da Confederação Brasileira de Hipismo há 15 anos e esteve com a equipe brasileira nas Olimpíadas de Seul e Pequim. “Nossos cavalos merecem o melhor, e é o que estão tendo nesses primeiros Jogos da América do Sul. Sabemos tudo que acontece com cada cavalo em cada segundo do dia, graças ao nosso sistema de monitoramento. Estamos agora esperando para ver as medalhas e os recordes olímpicos”, finaliza Wolff. Com as fontes Brasil Hipismo e FEI
Brasil termina 1º dia do CCE na 9ª colocação e parte para o cross na Rio 2016
Concluindo a primeira parte do triátlon equestre, a equipe brasileira mantém a média das notas no adestramento e sobe uma posição na competição do Concurso Completo de Equitação. Neste domingo, 7/8. segundo dia de provas, Ruy Fonseca e Marcio Carvalho Jorge entraram na pista para a apresentação de suas reprises. Nessa segunda-feira, 8/8, acontece a prova de cross country e na terça, 9, o salto, encerrando a disputa por equipe e individual. Ainda pela manhã, Ruy Fonseca montando Tom Bombadill garantiu a nota 46.80, ficando na 26ª posição geral. Marcio Carvalho Jorge, com a égua Lissy Mac Wayer, o último dos 65 conjuntos a entrar na pista, conquistou 50.00 dos juízes, ficando na 44ª posição. Com essa pontuação a equipe brasileira ocupa o 9º lugar no ranking da competição. Dono de duas medalhas da última edição do Pan Americano, em Toronto, prata por equipe e bronze no individual, Ruy destaca a evolução da equipe, e ainda espera recuperar a pontuação nas próximas provas. “Os resultados estão dentro do nosso objetivo. A prova do adestramento não é a que vai decidir, ainda temos o cross e o salto. Estamos a poucos pontos do líder, essa distância já foi bem maior, a equipe evoluiu. Essa diferença aqui significa uns 10 segundos no cross, uma falta na prova do salto. Até a última bandeira do salto, muita coisa muda. Esse é o lance do nosso esporte, você precisa ser completo nas três fases”, comenta Ruy. Depois de uma prova sem um resultado satisfatório, Marcio Jorge foca nas próximas fases e explica o temperamento da égua. “A minha égua é brava, a gente sabe. Então toda vez que entramos na pista é isso. Ela pode ir muito bem, como pode não ir tão bem, fica irritada. Pode acontecer o que aconteceu, uma pena. Ela estava bem até o meio da prova, mas depois do passo ela ficou brava. E aí qualquer notinha faz a diferença no fim. Agora é ir para o cross amanhã e fazer o melhor para recuperar a pontuação”, diz Marcio. O estreante nos Jogos Marcio Appel, 37, com o cavalo Brasileiro de Hipismo Iberon JMen foi primeiro brasileiro em pista no domingo, 7, levantou a torcida e fechou 57,20 pp. Mesmo mediante os aplausos e gritos de incentivo ainda antes da competição, Marcio se manteve calmo e seu cavalo também. “É muita emoção estar aqui. Minha primeira Olimpíada e competindo no Rio, em casa. A galera vibrou bastante. Não é o normal esse agito todo, tentei me manter tranquilo e meu cavalo também se manteve tranquilo. Ficamos dentro da expectativa. Os próximos brasileiros virão fortes no adestramento. Vou tentar recuperar no cross-country e no salto”, comentou Marcio. Já Carlos Parro com Summon Up The Blood fez uma boa apresentação e fechou com 47.30 pp. De volta aos Jogos Olímpicos após 16 anos, Carlos Parro, 37, se sente satisfeito com o desempenho do cavalo, e quer subir a nota com a prova do cross. “A prova hoje foi muito boa. Para o cavalo foi muito boa, não poderia ter sido melhor. O que eu queria era exatamente isso, ele tem feito provas assim na Europa, queria fazer o mesmo. A atmosfera aqui é maior, queria que ele se sentisse no mesmo clima. Nós brasileiros temos um bom desempenho no cross, a expectativa é sair de um resultado no adestramento que a gente não fique muito longe, para podermos recuperar com a pontuação do cross”, comentou. Nesta segunda, dia 8, as provas do cross começam as 10h, no Complexo Olímpico de Hipismo. Todos os competidores realizam o percurso no mesmo dia. Entre os brasileiros, Marcio Appel é o primeiro a entrar, seguido por Carlos Parro, Ruy Fonseca e Marcio Carvalho Jorge. Assim como a pontuação do adestramento, a prova de cross conta pontos para a competição por equipe e individual. A Alemanha lidera com 122,00 pontos perdidos, seguida de perto pela França, 122,20 e a Austrália, 126,40. O Brasil computa 144,10 na 9ª colocação. No individual, o britânico William Fox-Pitt com Chilli Morning fechou o adestramento na liderança da competição com apenas 37 pontos perdidos. Ordens de Entrada e Resultados Com a fonte: MKT Mix Comunicação