O CLUBE

Seja bem-vindo ao Clube Hípico de Santo Amaro. Situado na zona sul de São Paulo, com portaria principal localizada à Rua Visconde de Taunay, n° 508, no bairro de Santo Amaro, o Clube ocupa uma área de 284 mil m² de bosques e jardins no coração da capital paulista. É um espaço privilegiado para você desfrutar na companhia de familiares e amigos.

Em 1935, em São Paulo, foi fundado um dos maiores e mais importantes clubes para a prática dos esportes equestres no Brasil, o Clube Hípico de Santo Amaro.

Desde a sua fundação, o Clube Hípico de Santo Amaro tem sido exemplo e parâmetro para os demais clubes hípicos do país e da América do Sul, tanto por sua excelente infraestrutura para a prática do hipismo quanto pela realização de importantes concursos nacionais e internacionais e por seus renomados cavaleiros e amazonas, que ajudam a formar uma geração de atletas premiados internacionalmente.

Situado na zona sul da capital paulista em uma área de 284 mil m², o Clube está encravado em uma região da Mata Atlântica e seus bosques e jardins servem de moradia para diversas espécies de aves e pequenos animais silvestres. Além disso, as estruturas originais da maior parte das edificações da Fazenda Itaquerê são preservadas, conferindo ao Clube ares do Brasil Colonial.

Toda a sua extensão é contornada por uma  trilha de quase três quilômetros, um aconchegante refúgio à vida urbana e onde se pode observar de perto maritacas, saguis, araras e outros animais.

HISTÓRIA

Em 7 de setembro de 1935, em um grande loteamento da antiga Fazenda Itaquerê, foi fundado, por iniciativa de um grupo de empreendedores, o Clube Hípico de Santo Amaro. O grupo de 49 sócios fundadores, liderados por dr. João Carlos Kruel, adquiriu a Chácara Street, ou a “fazenda”, assim chamada por causa de sua vasta extensão, do industrial Jorge Street.

A partir de 1940, houve uma grande expansão no bairro paulistano de Santo Amaro, decorrente das crescentes instalações de indústrias internacionais. Muitas dessas empresas, como forma de incentivo, presenteavam seus funcionários com títulos do Clube.
Para satisfazer as necessidades de lazer e convívio social, pensou-se também na construção de chalés e de outras áreas de suas dependências, cujo projeto foi chamado de Vila Hípica.

O atual Casarão, sede da Fazenda Itaquerê, passou por reforma e restaurações para ser a sede do Clube, mas a essência e a beleza arquitetônica desta antiga casa de fazenda, construída pela família do educador francês Hyppolite Pujol, estão preservadas até hoje. Desde a fundação do Clube, os cavaleiros se reúnem neste local, que possui salão de jogos e sala para as reuniões do Conselho Deliberativo.

Cavalos, cavaleiros e competições
Salvo raras exceções, nos primeiros anos não havia no CHSA cavalos de linhagem específica para o salto nem para o adestramento. Os primeiros cavaleiros e cavalos de adestramento surgiram na Força Pública Paulista, depois que alguns oficiais haviam voltado da Escola de Saumur, na França.

Dos oficiais do esquadrão de cavalaria que vieram para o CHSA, destacam-se Eduardo Esteves, Tomas Barth e Omar Nór, que foram posteriormente presidentes do Clube. Nas escolas de equitação do Exército, de São Paulo e do Rio de Janeiro, os militares dominavam com maestria as técnicas do hipismo e alguns destes famosos cavaleiros contribuíram para o desenvolvimento do esporte equestre no CHSA, como os coronéis Renyldo Ferreira, Gérson Borges, Sylvio Marcondes de Resende, Horácio Bozon e José Carlos Ávila.

Entre os anos de 1955 e 1965, houve um grande aprimoramento nas técnicas de hipismo, devido à aproximação dos cavaleiros do CHSA com os militares da arma de cavalaria, tanto da Força Pública, como era chamada a atual Polícia Militar, quanto do Exército. Oficiais formados na Escola de Equitação traziam sólido conhecimento da arte equestre, aprendido durante as Missões Francesas ou aprimorado em outras escolas europeias.

O coronel Oscar Luís Consistré foi um dos primeiros professores de equitação do CHSA que ministraram seus conhecimentos aprendidos durante a Missão Francesa a Samur e trouxeram novas técnicas para serem transmitidas a civis e militares.

Neste período, era evidente o aperfeiçoamento da modalidade de salto, que então já seguia o modelo do assento ligeiramente fora da sela e o corpo inclinado para a frente, acompanhando o movimento em arco que o cavalo passa a fazer durante o salto.

Nas décadas de 1970 e 1980, durante a gestão do coronel Renyldo Ferreira na presidência do Clube, ocorrem vários e importantes concursos patrocinados por instituições privadas, como os Torneios do Banco Safra, Stock-Campari e Side Walk, e as Copas Chevrolet, H.Stern, Pamcary, Marlboro e as America’s Cup. Graças a estes recursos, o CHSA pôde trazer cavaleiros internacionais e também investir na melhoria e embelezamento de sua infraestrutura.

O investimento na formação e cavaleiros foi mais evidente nos anos de 1985 a 1995, quando a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) procurou levar o esporte equestre para todo o Brasil, promovendo campeonatos e torneios fora das associações hípicas. Esta época foi marcada pelo surgimento de novos clubes, manéges, haras e centros equestres em todo o território nacional, principalmente no eixo Rio-São Paulo.

A época áurea do salto no Brasil se deu entre 1995 e 2009, como resultado dos triunfos que os brasileiros obtiveram pelo mundo. O hipismo ganhou a atenção dos dirigentes estaduais e nacionais, e muitos cavaleiros e amazonas estão, até hoje, ligados ao CHSA como associados.

O CHSA se destaca, inclusive, pelo recorde absoluto de conquistas o Troféu Eficiencia – um troféu permanente da sede da Federação Paulista de Hipismo (FPH) no qual é inscrito o nome da associação que obteve o maior número de pontos em provas oficiais de salto durante um ano. O CHSA foi campeão anual por 256vezes desde a sua criação em 1988 até 2020.

Ordem dos Capacetes Brancos
Nos anos 1960, surgiram os Exteriores, como eram chamadas as cavalgadas pelos arredores do CHSA, hoje bairros do Morumbi, Chácara Flora e Granja Julieta. Ainda não havia a Marginal do Rio Pinheiros e o passeio preferido era ao longo de suas margens – o “areião”. Alguns grupos arriscavam viagens mais longas até a Baixada Santista.

Dos Exteriores, destacaram-se cerca de 30 cavaleiros que fundaram a Ordem dos Capacetes Brancos, um grupo apolítico e irreverente que queria apenas cavalgar e se divertir muito. Da Ordem, fizeram parte nomes como Ubirajara Chinaglia, Aldo Bove e seus dois irmãos – Alberto e Augusto – apelidados de Os Irmãos Coragem. Havia também Os Bigodes – Pedro Aurélio Mari, Bira e Zé Bernardino – e ainda contava com a participação do dr. Roxo Nobre, de Martis Costa, Henry Zelasny, Natale e tantos outros.

Todos trajavam camisas azuis e capacetes brancos e saíam nos fins de semana para cavalgar por uma hora e meia pelos arredores do CHSA. O regresso da Ordem ao Clube era um dos eventos mais aguardados nas manhãs de sábado e domingo. Alegres e cantantes, eles arrancavam aplausos do público. Havia uma tradição no grupo: os que caíam durante o difícil e acidentado percurso retornavam montados de costas e sem capacete. Por mais de 20 anos, a Ordem dos Capacetes Brancos foi a sensação do CHSA.