Na segunda-feira, 8/8, diante de um percurso de cross country muito difícil, em que 18 cavaleiros foram eliminados ou desistiram, o Brasil entrou na pista buscando subir algumas posições no ranking geral da disputa olímpica. A segunda prova da modalidade, que exige bastante tanto do cavaleiro quanto do cavalo, teve o percurso de aproximadamente 6km e 33 obstáculos e um total de 45 esforços. Ao final, a equipe subiu quatro posições no ranking, fechando o dia em 6º lugar. Nesta terça, 9, acontecem as duas provas de salto, pela manhã por equipe e na parte da tarde, a disputa pelo individual em que os 25 melhores do ranking geral competem.
Estreante nos Jogos Olímpicos, o cavaleiro santamarense Marcio Appel abriu o dia com um percurso firme, sabendo das dificuldades que encontraria na pista. Com o resultado da prova no cross, ele ocupa a 36ª posição no ranking geral. “Foi um percurso bem difícil. A gente já sabia que seria assim, e o que todos estão dizendo é que desde Sidney não tinha um Cross tão difícil. Mas eu consegui uma boa prova. Meu cavalo veio muito bem, mas no final eles realmente ficam bem cansados, e precisei contornar um obstáculo. Andamos a pista ontem algumas vezes, sabíamos aonde precisaríamos segurar um pouco, mas o cavalo cansa, é normal. A ideia era eu fazer uma prova mais segura, assim os outros brasileiros, que são mais experientes, podem arriscar mais. E assim foi feito”, comenta Appel, 39º colocado, com 121.60 pontos perdidos.
Disparando no ranking geral, fechando o dia 7º, após passar muito bem pelo percurso do cross, Carlos Parro destaca as dificuldades e o desejo de manter uma boa posição para que cheguem bem para a prova de saltos, nesta terça-feira. “Foi muito boa a minha passagem, é sempre bom termos alguém da equipe que já tenha saltado, eu estava me preparando na hora, então não consegui ver muito. Mas é um percurso difícil mesmo, estamos em uma olimpíada, então sempre teremos essas dificuldades. Queremos muito um bom resultado hoje para que amanhã, nas finais do salto, a gente possa colocar um pouco mais de pressão na prova”, comemora Parro, que computa apenas 50,30 pontos perdidos.
Ruy Fonseca enfrentou dificuldades no percurso do cross com dois desvios. Ruy ocupa, no ranking geral, a 47ª posição, 158,80 pontos perdidos. “O cavalo começou bem, mas tivemos, em um momento, um desvio bobo, e eu não consegui fazer voltar ao eixo. Sei que ali a minha prova individual não dava mais, mas era importante terminar para a equipe. Ficou abaixo do que eu esperava, o meu cavalo nunca teve isso, estamos juntos desde 2009. Mas acontece. A prova está muito técnica, difícil. Mas o nosso plano era esse, depois do Marcio, o Carlos, eu e o Marcio Jorge iriamos para a prova com tudo, e aí você está sujeito a isso”, comenta Ruy.
Fechando o dia de competições no Complexo de Hipismo em Deodoro, Marcio Carvalho Jorge com Lissy Mac Wayer chegou a ter um desequilíbrio em um obstáculço e quase foi eliminado. Após análise do juri que considerou que o conjunto estava dentro da regra fechou o cross com apenas 20 pontos perdidos e o total de 70 assumindo a 24ª posição, colocando Brasil de volta na briga por medalhas. “Foi uma boa prova, mas bem difícil, acho que conseguimos recuperar pela estratégia na equipe, o meu individual não tem como, também pelo adestramento de ontem. A égua afundou um pouco na água em um dos obstáculos, teve um desequilíbrio, mas conseguimos contornar. Agora vamos para a prova do salto e recuperar esses pontos”, comenta Marcio Jorge.
Com esse resultado, o Brasil subiu para 6ª posição na classificação geral totalizando 242.90 pp. A liderança está com a Austrália, seguida pela Nova Zelândia e França, 150,30, 154,80 e 161 pp. No individual, Christopher Burton com Santano II vem à frente, 37.60 pp.
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