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Rodolpho Riskalla chega entre os 10 melhores do mundo na Rio 2016

Em apenas cinco meses de treinamentos, o cavaleiro que iniciou sua carreira no Clube Hípico de santo Amaro, Rodolpho Riskalla, conseguiu não apenas conquistar uma vaga na equipe brasileira paralímpica após se recuperar de uma doença grave, como também chegar entre os 10 melhores do mundo. Montando Warenne, o paulista radicado na França alcançou nesta terça-feira, 13/9, a pontuação de 68,366% na prova individual do Grau III do Adestramento Paraequestre nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, resultado que lhe garantiu o décimo lugar individual.     “Eu adorei a minha prova hoje. Foi bem mais próxima do que a gente estava fazendo lá na Europa. Pra mim é supergratificante porque a gente vem trabalhando para isso, apesar do curto tempo com o cavalo. A ideia era apresentar essa pontuação, entre 68%, 70%. Então eu consegui chegar à meta, o que ajuda bastante a equipe, aumentei a minha nota em 2% e isso já é muito bom”, comemorou Rodolpho. Em um pódio dominado pelas mulheres, a medalha de ouro ficou com a norueguesa Ann Cathrin Lubbe e Donatello com 72,878% de aproveitamento. A prata foi para o conjunto dinamarquês Susanne Sunesen / Que Faire, com 72,171%. Louise Jakobsson / Zernard, da Suécia, conquistou o bronze com 70,341%.     Dando continuidade às finais individuais na quinta, 14/9, acontecem às provas das classes IV e Ib, essa última com participação de Marcos Fernandes Alves, o Joca. Montando Vladimir, o brasileiro vai tentar buscar mais uma medalha em Jogos Paralímpicos. Ele já tem duas de bronze, conquistadas em Pequim 2008.   Entenda a competição A competição durante os Jogos Paralímpicos tem cinco graus – Ia, Ib, II, III e IV – e consiste em disputas por equipe, individual e individual estilo livre. A disputa individual é a prova final por equipe e também determina as medalhas do campeonato individual de cada classe. Para a disputa por equipe, cada país pode participar com três ou quatro conjuntos, sendo que pelo menos um deve ser da classe Ib ou da classe II e não mais do que dois da mesma classe. O resultado é definido pelo somatório do percentual de cada conjunto na prova por equipe e individual. Os três melhores resultados determinam a pontuação final do país e o vencedor é aquele que tiver mais pontos. Participam da decisão do individual estilo livre os conjuntos classificados entre a terça parte superior de cada grau e que tenham alcançado a pontuação mínima de 58% na média das competições individual e por equipe. Cada conjunto deve realizar uma coreografia própria com música. As competições de Hipismo Adestramento dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 contam com 29 países, sendo que 14 participam da disputa por equipes: Brasil, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Holanda, Noruega, Cingapura e Estados Unidos. Estão em jogo 33 medalhas reunindo todas as classes: 15 no individual, 15 no estilo livre e três por equipe.   Diferentes níveis da competição Grau Ia – Cadeirantes com comprometimento severo dos quatro membros. Eles podem ser capazes de andar, mas normalmente com instabilidade por conta das dificuldades com o equilíbrio e estabilidade do tronco. Grau Ib – Cavaleiros, principalmente usuários de cadeira de rodas, com falta de equilíbrio do tronco e comprometimento da função em todos os quatro membros, ou nenhum equilíbrio de tronco e boa função do membro superior ou equilíbrio de tronco moderado com insuficiência grave de todos os quatro membros. Grau II – Nesta classe estão cadeirantes ou aqueles com comprometimento locomotor severo, mas têm boa ou leve função dos membros superiores, com comprometimento unilateral moderado, comprometimento moderado nos quatro membros ou comprometimento severo dos braços. Além de comprometimento unilateral severo. Grau III – capazes de andar sem auxílio, mas que possuem comprometimento unilateral moderado, comprometimento moderado nos quatro membros ou comprometimento severo dos braços. Cegos totais de ambos os olhos também fazem parte desta classe e devem usar uma venda durante a competição. Grau IV – Atletas que possuem um ou dois membros comprometidos ou com alguma deficiência visual. Resultado completo Grau III Programação, ordens de entrada e resultados   Fonte: MktMix Assessoria de Comunicação / CBH; img: Washington Alves/MPIX/CPB

Exemplo de superação | Vídeo e entrevista com Rodolpho Riskalla

Todo cavaleiro sonha em disputar uma Olimpíada representando seu país. Mas, para o santamarense Rodolpho Riskalla, esse sonho que se realiza tem um significado muito mais forte. Cavaleiro desde os seis anos de idade, em setembro de 2015, Rodolpho contraiu um tipo raro de meningite que o deixou em coma por muitos dias e ocasionou a amputação dos dois pés, a mão direita e quase todos dedos da mão esquerda.     Mas, Rodolpho encontrou nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 um motivo a mais para viver e se superar: em menos de seis meses de fisioterapia e treinamentos, conquistou uma vaga na equipes brasileira de Adestramento Paraequestre. Não por acaso, a primeira pergunta que fez aos médicos quando o avisaram da amputação foi: “Vou poder montar de novo?” Confira a entrevista ao SporTv no link abaixo e o emocionante vídeo produzido pela Federação Equestre Internacional com depoimentos do atleta.   Entrevista SporTv     Imprensa CHSA

CHSA faz homenagem aos olímpicos da casa

Na pauta das comemorações do seu 81º aniversário, o Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, reservou um momento especial e de muita emoção na manhã de sábado, 3/9, para homenagear seus representantes nas Olimpíadas e Paralimpíadas na Rio 2016. Com presença de toda a diretoria santamarense e de familiares dos homenageados, William Almeida, presidente do CHSA, abriu o evento lembrando que “A casa da família santamarense também é a casa de cavaleiros, amazonas e profissionais com atuação olímpica e nos principais eventos hípicos do mundo”.     Primeiro a ser chamado ao “pódio”, Márcio Appel começou e construiu a sólida base de sua carreira no CHSA. “Márcio nos encheu de orgulho com sua brilhante estreia e o 7º lugar por equipes no Concurso Completo de Equitação”, lembrou Almeida. O atleta se emocionou em especial à menção de sua mãe Inez, expoente de Santo Amaro e sua maior incentivadora.     João Victor Marcari Oliva foi o segundo santamarense a entrar em pista nos Jogos do Rio. Também estreando em Olimpíadas, o jovem cavaleiro conquistou o melhor resultado do Time Brasil de Adestramento na Rio 2016 e na história do país nos Jogos. “João começou a montar em nossa casa onde estreou no Adestramento em 2008. Desde então, apenas oito anos se passaram e você já é campeão sul-americano, medalhista pan-americano e agora cavaleiro olímpico”, disse Almeida na apresentação do atleta que foi à homenagem acompanhado da mãe, Hortência Marcari, medalhista olímpica e ícone do basquete. “Temos certeza que sua carreira está apenas começando e muitas medalhas ainda estão por vir”, completou o anfitrião.     Na última modalidade hípica na primeira Olimpíada da América do Sul, Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, sócio honorário do CHSA, medalhista olímpico e pan-americano, foi 5º colocado por equipes e 9º individual, melhor resultado do Time Brasil de Salto. “Doda, exímio aluno do nosso querido cavaleiro olímpico e treinador Cel. Renyldo Ferreira construiu toda a base de sua carreira, fez história e garantiu suas primeiras grandes conquistas nas pistas santamarenses”, lembrou o presidente do CHSA. Doda, que mora na Europa, foi representado por sua mãe, Beth Miranda. Outro atleta homenageado foi Rodolpho Riskalla, representado na ocasião pela irmã e amazona Victoria. Rodolpho, da modalidade paraequestre, estreia nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Cavaleiro de longa data e sócio militante do CHSA, Rodolpho tem tudo para fazer uma estreia com chances de medalha olímpica. “Mas para nós e todos os que o conhecem, Rodolpho já é medalha de ouro! A sua coragem, exemplo de superação e força é um exemplo de vida e nos enche de orgulho”, destacou Almeida.       Além dos atletas, o CHSA esteve representado na Rio 2016 através de dois médicos veterinários: Drs. Marcello Servos e Thomas Wolff. Servos foi o veterinário chefe do Time Brasil de Adestramento. “Sabemos da importância desse trabalho e de sua imensa dedicação no acompanhamento dos cavalos em longos vôos e estradas, antes, durante e depois das competições. Estamos orgulhosos de sua atuação”, destacou Almeida.     O posto mais alto da equipe de veterinária nos Jogos do Rio 2016 foi ocupado por outro santamarense. Dr. Thomas Wolff, veterinário chefe do CHSA há 36 anos, foi o primeiro brasileiro a presidir a Comissão Veterinária da Federação Equestre Internacional na história dos Jogos Olímpicos. Representado pela esposa, Dóris, Thomas foi lembrado pela competência inquestionável, dedicação e profissionalismo: “Nos sentimos muito orgulhosos de sua atuação na Rio 2016, Jogos em que o bem estar do cavalo prevaleceu em todas as modalidades e que teve 100% dos resultados de doping negativos”, finalizou o anfitrião e presidente da casa.   Fonte: Assessoria CHSA – Rute Araujo; Fotos: João Markun

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