Em entrevista à newsletter Santo Amaro a Galope, Marcelo D’Arienzo, atual presidente da Federação Paulista de Hipismo (FPH), destaca o papel estratégico do Clube Hípico de Santo Amaro (CHSA) no fortalecimento do hipismo brasileiro, ao combinar formação de novos talentos com desempenho de alto nível. Ele aponta como desafio tornar o esporte mais acessível e celebra o momento positivo da modalidade, com crescimento da base, projeção internacional e avanços na criação nacional de cavalos.

Qual a importância do CHSA para a divulgação e aumento dos adeptos do esporte em São Paulo e no Brasil?
O CHSA tem um papel fundamental na divulgação e no crescimento do hipismo, tanto em São Paulo quanto no Brasil. Mais do que um clube, ele tem uma verdadeira vocação para receber pessoas e promover o esporte, e isso faz toda a diferença. É o maior centro hípico do país e palco de grandes competições. Mas também é um verdadeiro polo de formação, convivência e inspiração para atletas de todas as idades, um lugar onde cavaleiros e amazonas de todos os níveis se sentem em casa.
A sua Escola de Equitação é uma das grandes responsáveis por formar novos atletas, e eu sou prova disso. Foi lá que comecei, em 1994, e desde então vejo de perto como a estrutura e o ambiente acolhedor do clube inspiram e incentivam a quem está começando.
O CHSA não só mantém viva a tradição do hipismo, como também abre espaço para que mais pessoas conheçam, se apaixonem e sigam no esporte. É um lugar onde o amor pelos cavalos se transforma em aprendizado, amizades e histórias que ficam pra vida toda.
Quais os principais desafios do hipismo no Brasil?
Acho que um dos grandes desafios do hipismo no Brasil hoje é fazer com que o esporte seja cada vez mais acessível. O salto, principalmente, tem crescido bastante — especialmente após a pandemia, quando muita gente começou a montar e acabou ficando.
Vivemos um momento interessante: ao mesmo tempo em que a alta performance evolui e o Brasil se consolida com força no cenário internacional, também vemos a base do esporte crescer. A Federação Paulista de Hipismo, por exemplo, tem feito um trabalho especial nesse sentido, com foco na formação e no desenvolvimento de novos atletas.
O desafio está justamente em equilibrar dois pilares: garantir estrutura e espaço tanto para quem está começando agora quanto pra quem já está lá na frente, competindo em alto nível. São realidades bem diferentes, mas que precisam caminhar juntas.
E é aí que lugares como o CHSA fazem toda a diferença. O clube consegue unir essas duas realidades como poucos: é um espaço onde a base e a alta performance convivem, aprendem e crescem juntas. Isso é essencial pro futuro do nosso esporte.
Como você vê o crescimento do esporte e a criação nacional neste momento?
O hipismo está vivendo um momento muito positivo, o crescimento é visível por todos os lados. A gente vê esse avanço tanto na base, com mais pessoas começando a montar e se interessando pelo esporte, quanto na alta performance, em que o Brasil tem se destacado cada vez mais em competições internacionais.
Outro ponto importante é o desenvolvimento da criação de cavalos aqui no país. Os criadores brasileiros têm investido e evoluído bastante, o que fortalece muito a nossa indústria como um todo. O hipismo hoje movimenta não só atletas e treinadores, mas também veterinários, ferreiros, fabricantes de equipamentos, criadores… é uma cadeia enorme crescendo junta.
E esse crescimento pede estrutura: espaços que consigam acompanhar essa evolução. O CHSA tem um papel cada vez mais relevante nisso tudo. É um lugar que já tem a estrutura e o know-how, e que pode seguir sendo referência tanto para formação quanto para grandes eventos. Estamos eu um momento de expansão e o clube está pronto para acompanhar e impulsionar esse movimento.

















