Dono de um temperamento quieto, mais observador e tranquilo, sempre atento aos detalhes do sentimento dos animais, dedicado aos seus objetivos esportivos, mas demonstrando muita serenidade, é o cavaleiro que hoje o Clube Hípico de Santo Amaro homenageia por ter orgulho de ter em seu corpo associativo mais um esportista de destaque.
Entrevista e fotografia realizadas pela jornalista e sócia Silvia Milani.
Nome completo e idade.
Gabriel Marques Rodrigues Filho, 48 anos.
Há quanto tempo você monta e começou a montar onde?
Comecei a montar aos 13 anos no Cepel/BH.
Qual é a entidade que hoje representa em São Paulo?
CHSA.
Como foi procurado para integrar a equipe de salto do CCE que representará o Brasil na Normandia?
No ano passado, fui acompanhar meu aluno Marcio Appel em uma clínica do Mark Todd em Barretos e Mark Todd e eu tivemos muita afinidade já nos dois primeiros dias. Ele conversou com os cavaleiros da equipe, que me conheciam, e então decidiram me convidar a ser técnico de salto da equipe.
O que achou do time brasileiro?
São todos muito experientes, ou por serem profissionais ou por terem integrado equipes em olimpíadas e pan-americanos ou por saltarem no clássico com um currículo muito bom. Com isso o trabalho desenvolve muito fácil.
O que significa para você ser o técnico do salto do CCE?
O CCE vive um momento único com esse projeto Rio 2016 e tendo o Betão e o Diretor Márcio Jorge contratado, o cavaleiro do século, para comandar tudo, passa ser uma grande honra fazer parte e estar do lado de todos nesse sonho de medalha olímpica!
Estamos começando o mês de julho, como será a sua vida até os Jogos Equestres Mundiais?
No último final de semana de julho e em 1º de agosto acompanharei a equipe em duas competições na Inglaterra e no intervalo faremos treinamentos. Retorno ao Brasil, faço treinamentos nos cavalos do Haras Climber e nos alunos do CHSA para o concurso de
aniversário do CHSA, que acontecerá na semana seguinte do mundial. Na última semana de agosto vou, então, para Normandia!
Como está vendo a equipe do CCE perante o Mundial?
A equipe na Normandia deverá se apresentar bem sem um destaque maior ainda, pois estamos iniciando um trabalho visando Rio 2016.
Quem são os de mais técnicos da equipe? No adestramento e no cross?
No adestramento é Ana Ross, uma inglesa que foi pra Aachen na equipe inglesa no ano passado e uma professora muito procurada em vários países, e Mark Todd é o técnico do cross e também geral da equipe!
Você já conhecia pessoalmente esses profissionais?
Não. Conheci a Anna Ross quando fiz uma clínica com ela no CHSA e o Mark numa clínica no ano passado com o meu aluno Marcio Appel, em Barretos.
Existe alguma estratégia entre vocês para essa equipe?
Discutimos o jeito de montar de cada um e focamos naquilo que achamos que eles precisam melhorar.
Qual é a sua atual profissão?
Sou profissional do hipismo e professor de equitação.
Você pretende investir mais nesse segmento de técnico depois do mundial?
O CCE está em evolução, o adestramento rondando os 75%, o cross mais técnico e menos rusticidade e o cavalo tem que saltar zero para pegar medalha. É muita disciplina e qualidade de cavaleiros e cavalo. É realmente completo cada vez mais e isso me seduz!
Qual é o seu maior desafio para esse grande evento da Normandia?
Entrar em sintonia com esses grandes cavaleiros da equipe e tentarmos tirar o melhor desses cavalos!
Você já tinha alguma experiência internacional dentro do hipismo?
Já montei nos Estados Unidos e na Bélgica fazendo clínicas e estágios!
Essa sua experiência vai mudar alguma coisa em sua vida?
Com certeza dar aulas para cavaleiros importantes, trabalhar com o cavaleiro do século e focar num projeto Rio 2016 é fantástico!
Como técnico qual é a sua receita para o sucesso de uma equipe?
É simples: cada um focar em resolver defeitos, desenvolver virtudes, melhorar dia a dia e a equipe ganhará com isso!