Clube controla abandono, monitora espécies silvestres e investe em ações de preservação com apoio de especialistas e sócios.
Newsletter SA a Galope nº 2 – O Clube Hípico de Santo Amaro tem adotado uma série de práticas voltadas à preservação ambiental e ao cuidado com os animais que circulam em suas dependências. A convivência com espécies como araras, tucanos, micos, gambás, gatos e até aves de rapina é tratada com responsabilidade e respeito à natureza.
No caso da fauna silvestre, a política do clube é minimizar ao máximo a interferência humana. O espaço orienta os frequentadores a não alimentarem os animais e mantém medidas como a preservação de árvores onde aves fazem ninho, proibição do uso de gaiolas e restrição à manipulação direta dos bichos. Quando necessário, ações como cercamento de áreas com ninhos e rondas são realizadas para garantir a segurança dos animais, como ocorre com a coruja-buraqueira e os ninhos de pato.
Para reforçar os cuidados, o clube está contratando uma veterinária especializada em vida silvestre e atua em parceria com os sócios em ações de monitoramento e proteção. Em caso de acidentes com animais, como micos ou aves, os procedimentos incluem contato com a guarda ambiental e resgates adequados.
“A presença de animais silvestres no clube é uma riqueza que respeitamos profundamente. Não interferimos nos hábitos naturais, mas monitoramos de perto para garantir que todos estejam seguros. O objetivo é manter uma convivência harmônica entre natureza e atividade esportiva”, afirma Lígia Dongá, veterinária responsável técnica do Clube Hípico de Santo Amaro.
Os gatos, por sua vez, são em sua maioria abandonados no local. Embora o clube não os crie, há um esforço contínuo para castrar, vacinar, vermifugar e encaminhar os filhotes para adoção. Quando isso não é possível, os animais são acolhidos e cuidados em regime de guarda solidária, com monitoramento constante da saúde e alimentação. Estima-se que atualmente haja cerca de 25 gatos vivendo no clube, sendo assistidos por sócios voluntários.
Entre os mamíferos, os gambás aparecem com pouca frequência, mas demandam atenção especial, já que podem transmitir ao cavalo a chamada “bambeira”, doença causada por um protozoário. Para garantir a saúde dos equinos, o feno de alfafa utilizado na alimentação é rigorosamente controlado, sendo enviado a cada 60 dias para análise na USP de Pirassununga. O clube também fiscaliza a origem e o armazenamento do produto nas farmácias veterinárias parceiras, exigindo condições adequadas de higiene.
Medidas de controle sanitário complementam o cuidado com o ambiente: pombo, rato e barata são monitorados por empresas especializadas que realizam capturas e dedetizações mensais. Morcegos não têm apresentado incidência relevante e, até o momento, não há registros de abrigos nas instalações.
A proposta do Clube Hípico é clara: oferecer um ambiente seguro, limpo e equilibrado, tanto para os animais quanto para os associados. A convivência harmoniosa entre cavalos, fauna silvestre e humana segue como uma prioridade da gestão.

















