Concluindo a primeira parte do triátlon equestre, a equipe brasileira mantém a média das notas no adestramento e sobe uma posição na competição do Concurso Completo de Equitação. Neste domingo, 7/8. segundo dia de provas, Ruy Fonseca e Marcio Carvalho Jorge entraram na pista para a apresentação de suas reprises. Nessa segunda-feira, 8/8, acontece a prova de cross country e na terça, 9, o salto, encerrando a disputa por equipe e individual.
Ainda pela manhã, Ruy Fonseca montando Tom Bombadill garantiu a nota 46.80, ficando na 26ª posição geral. Marcio Carvalho Jorge, com a égua Lissy Mac Wayer, o último dos 65 conjuntos a entrar na pista, conquistou 50.00 dos juízes, ficando na 44ª posição. Com essa pontuação a equipe brasileira ocupa o 9º lugar no ranking da competição.
Dono de duas medalhas da última edição do Pan Americano, em Toronto, prata por equipe e bronze no individual, Ruy destaca a evolução da equipe, e ainda espera recuperar a pontuação nas próximas provas. “Os resultados estão dentro do nosso objetivo. A prova do adestramento não é a que vai decidir, ainda temos o cross e o salto. Estamos a poucos pontos do líder, essa distância já foi bem maior, a equipe evoluiu. Essa diferença aqui significa uns 10 segundos no cross, uma falta na prova do salto. Até a última bandeira do salto, muita coisa muda. Esse é o lance do nosso esporte, você precisa ser completo nas três fases”, comenta Ruy.
Depois de uma prova sem um resultado satisfatório, Marcio Jorge foca nas próximas fases e explica o temperamento da égua. “A minha égua é brava, a gente sabe. Então toda vez que entramos na pista é isso. Ela pode ir muito bem, como pode não ir tão bem, fica irritada. Pode acontecer o que aconteceu, uma pena. Ela estava bem até o meio da prova, mas depois do passo ela ficou brava. E aí qualquer notinha faz a diferença no fim. Agora é ir para o cross amanhã e fazer o melhor para recuperar a pontuação”, diz Marcio.
O estreante nos Jogos Marcio Appel, 37, com o cavalo Brasileiro de Hipismo Iberon JMen foi primeiro brasileiro em pista no domingo, 7, levantou a torcida e fechou 57,20 pp. Mesmo mediante os aplausos e gritos de incentivo ainda antes da competição, Marcio se manteve calmo e seu cavalo também. “É muita emoção estar aqui. Minha primeira Olimpíada e competindo no Rio, em casa. A galera vibrou bastante. Não é o normal esse agito todo, tentei me manter tranquilo e meu cavalo também se manteve tranquilo. Ficamos dentro da expectativa. Os próximos brasileiros virão fortes no adestramento. Vou tentar recuperar no cross-country e no salto”, comentou Marcio.
Já Carlos Parro com Summon Up The Blood fez uma boa apresentação e fechou com 47.30 pp. De volta aos Jogos Olímpicos após 16 anos, Carlos Parro, 37, se sente satisfeito com o desempenho do cavalo, e quer subir a nota com a prova do cross. “A prova hoje foi muito boa. Para o cavalo foi muito boa, não poderia ter sido melhor. O que eu queria era exatamente isso, ele tem feito provas assim na Europa, queria fazer o mesmo. A atmosfera aqui é maior, queria que ele se sentisse no mesmo clima. Nós brasileiros temos um bom desempenho no cross, a expectativa é sair de um resultado no adestramento que a gente não fique muito longe, para podermos recuperar com a pontuação do cross”, comentou.
Nesta segunda, dia 8, as provas do cross começam as 10h, no Complexo Olímpico de Hipismo. Todos os competidores realizam o percurso no mesmo dia. Entre os brasileiros, Marcio Appel é o primeiro a entrar, seguido por Carlos Parro, Ruy Fonseca e Marcio Carvalho Jorge. Assim como a pontuação do adestramento, a prova de cross conta pontos para a competição por equipe e individual.
A Alemanha lidera com 122,00 pontos perdidos, seguida de perto pela França, 122,20 e a Austrália, 126,40. O Brasil computa 144,10 na 9ª colocação. No individual, o britânico William Fox-Pitt com Chilli Morning fechou o adestramento na liderança da competição com apenas 37 pontos perdidos.
Ordens de Entrada e Resultados
Com a fonte: MKT Mix Comunicação